Cascatinha e Inhana, os Sabiás do Sertão
Os adoráveis Cascatinha e Inhana
Cascatinha e Inhana é uma dupla formada por Francisco dos Santos, Cascatinha e Ana Eufrosina da Silva Santos, a Inhana. É uma dupla pioneira de grande sucesso na música sertaneja.
Cascatinha desde muito cedo começa a trabalhar como agricultor, após a morte de seu pai. Logo depois muda-se na cidade de Marília e ingressa na banda da cidade. Aos 18 anos entra para a trupe do Circo Nova Iorque.
Amor a 1ª vista
Mais tarde conhece Ana Eufrosina, por quem se apaixona perdidamente e muito pouco tempo depois se casa com ela. Apaixonados um pelo outro e pela música logo formam uma dupla e mudam-se para o Rio de Janeiro para participarem de programas de calouro.
Logo formam a dupla Cascatinha e Inhana.
Anos depois vão trabalhar na Rádio Clube de Bauru e depois na Rádio América de São Paulo.
Em 1951 a dupla assina contrato com a gravadora Toda América para a gravação de um 78 rpm. O disco traz “La Paloma” de Iradier e Pedro Almeida, e a toada “Fonteiriça”, de José Fortuna
Em 1952, gravam a versão de José Fortuna da guarânia “Índia”, de Ortiz Guerrero e José Assuncíon.
Do outro lado do disco, outra guarânia paraguaia “Lejania” (Meu primeiro Amor), de Hermínio Gimenez com versão de José Fortuna e Pinheirinho Jr.
A canção atinge o primeiro lugar de audiência do ano de 1953, tornando-os conhecidos em todo o país.
Enfim o sucesso absoluto
Em 1954 participam do filme Carnaval em Lá Maior, onde são muito premiados pela interpretação das canções Índia e Meu Primeiro Amor.
A partir daí não param mais. E só sucesso em todas as rádios do país.
E seguem fazendo cada vez mais sucesso até 1980 quando lançam o último disco da dupla, Você Pra Mim é Tudo e logo depois Inhana morre precocemente aos 57 anos, de infarto.
A dupla se preparava para se apresentar no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, ao lado das duplas Tonico e Tinoco e Milionário e José Rico, o que infelizmente nunca veio a acontecer.
Meu Primeiro Amor
Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor
Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Seu nome, sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz desse sofredor
Que implora por seu carinho
Só um pouquinho do seu amor
Meu primeiro amor
Tão cedo acabou, só a dor deixou neste peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor que desabrochou e logo morreu
Nesta solidão
Sem ter alegria, o que me alivia são meus tristes ais
São prantos de dor que dos olhos caem
É porque bem sei, quem eu tanto amei não verei jamais
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