Como nasceu a música Sampa
A história da música Sampa de Caetano Veloso
Caetano Veloso explica Sampa com representatividade e símbolo de seu amor e respeito pela cidade de São Paulo.
Foi em 1978, que ouvindo Ronda de Paulo Vanzolini ele teve a inspiração da grandeza dessa poesia.
O cruzamento das avenidas Ipiranga e São João, que ficou famoso com a música, era próximo à casa de Caetano e serviu de inspiração na hora de compor.
Segundo ele, sua relação com a vida cultural de São Paulo e com poetas e artistas, como Jorge Mautner e Zé Celso Martinez, também foram importantes.
Mas foi no Rio de Janeiro, quando parou para homenagear a cidade de São Paulo, que tudo isso aconteceu.
Interessante que São Paulo dos Mutantes, de Rita Lee, dos Demônios da Garoa e tantos outros paulistas ou paulistanos não conseguiram cantar a cidade com o mesmo encanto do baiano Caetano Veloso.
Todas as obras culturais, sua gastronomia e seu espaço para diversão e lazer, se misturando aos problemas e as necessidades de uma cidade grande, não desfaz a vontade dos migrantes de outra capitais brasileiras e até mesmo do imigrantes de outros países virem conhecê-la.
Sampa - A letra:
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Pan-americanas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa
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