Qual a marchinha carnavalesca que você mais gosta?
A história da música Ó Abre Alas.
A canção foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, citado na letra.
Na época, Chiquinha já era compositora consagrada quando integrantes do Cordão a procuraram com o pedido de um "hino" para as folias momescas daquele ano.
Era comum, naquele tempo, os cordões entoarem versos que anunciavam sua passagem, e a marcha de Chiquinha antecipou um gênero que só veio a se firmar duas décadas após.
Entre os anos 1901 e 1910 foi grande sucesso nos carnavais, tornando-se símbolo do carnaval carioca.
Chiquinha Gonzaga e sua vida
Chiquinha Gonzaga nasceu em 17 de outubro de 1847 no Rio de Janeiro e morreu em 28 de fevereiro de 1935 também no Rio de Janeiro, aos 87 anos.
Foi uma pianista, Maestrina e Compositora carioca.
Como um dos maiores sucessos da música popular brasileira, era neta de uma escrava liberta e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
Em sua vida lutou pelo sucesso como cantora e compositora, lutou contra a Sociedade Patriarcal durante o período regencial e também se engajou contra a escravidão que existia e participou da luta abolicionista.
Chiquinha Gonzaga foi fundamental no cenário musical no início do século XX.
Sua obra mais conhecida foi a marcha carnavalesca Ó Abre Alas, composta em 1899.
Nascimento
Chiquinha Gonzaga nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga. Seu pai José Basileu Neves Gonzaga era um militar e sua mãe Rosa era filha de uma escrava.
Foi educada para casar, cuidar do lar, e ser uma dama da sociedade, mas aprendeu sozinha a tocar piano.
Casou-se por imposição do pai quando tinha apenas 16 anos com Jacinto Ribeiro do Amaral um empresário que a maltratava.
A união durou apenas dois anos porque aos aos 18, Chiquinha Gonzaga vai embora para viver com o engenheiro João Batista de Carvalho.
Em sua vida amorosa houve muitos escândalos para época, porque abandonou também o segundo marido, que a traiu.
Em sua família não teve apoio e Chiquinha se ligou apenas na música, após perder a guarda dos filhos.
Quando passou a fazer da música sua profissão, o que era proibido para a mulher no Brasil.
A primeira música que compôs foi Atraente, que não fez sucesso algum.
Chiquinha se ligou ao pianista português Artur Napoleão dos Santos para aprimorar-se ao piano.
Essa parceria a lançou no teatro, quando se apresentou com a opereta A Corte na Roça.
Mas ainda assim não alcançou o sucesso.
Era considerada prepotente e briguenta por lutar a favor da abolição dos escravos.
Tinha entre seus músicos José Flauta um escravo alforriado que ela comprou com o dinheiro de suas músicas e trabalho.
Mas o sucesso chega mesmo na virada do século com a marchinha de carnaval Ó Abre Alas.
A canção foi relançada na virada do século e é sucesso no carnaval até hoje.
Quando completa 52 anos,mais um escândalo na vida da artista. João Batista Fernandes Lage, um português de 16 anos se envolve com a brasileira.
Ele ainda se aproveitou da fama dela e passou a assinar João Batista Gonzaga.
Mas ele também a ajudou na organização da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
Essa organização veio para proteger os direitos autorais de Chiquinha.
Morte
Chiquinha Gonzaga morreu no Rio de Janeiro, aos 87 anos, em 28 de fevereiro de 1935.
Seu corpo foi sepultado no cemitério do Catumbi.
Homenagens
Mas foi somente em 17 de outubro de 2012 que Chiquinha Gonzaga foi reconhecida e homenageada por lei.
A partir desta data foi instituído o Dia da Música Popular Brasileira.
Em 1999 a Rede Globo de Televisão lançou a minissérie Chiquinha Gonzaga que apresenta sua vida e sua obra.
E depois o filme Brasília 18% 2006, também foi narrada sua vida. Dessa vez Chiquinha foi representada por Bete Mendes.
Depois do reconhecimento para a cultura brasileira, seu nome foi colocado em avenidas, ruas, praças e escolas do país.
Chiquinha Gonzaga passa por peças ao piano, piano solo e canto.
A artista também passa por diversos ritmos, como tangos brasileiros, canções, polcas, valsas, habaneras, fados, baladas, modinhas, choros, mazurcas, dobrados, duetos, serenatas, peças sacras, etc.
O acervo de Chiquinha Gonzaga está preservado. Foi protegido pelo companheiro João Batista Gonzaga. Mas dizem ainda que há muitos trabalhos inéditos.
Todo o acervo está guardado no Instituto Moreira Salles.
Músicas
Ó Abre Alas foi a primeira marchinha carnavalesca carioca.
Até 1889, os os blocos nõ tinham música própria.
A brincadeira de carnaval existia com músicas diversas e de vários autores.
Ela compôs a música para o bloco Rosa de Ouro do Andaraí, onde Chiquinha Gonzaga morava.
Ó abre alas - música de Chiquinha Gonzaga - letra
Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
Eu não quero a rosa
Porque não há rosa que não tenha espinhos
Prefiro a jardineira carinhosa
A flor cheirosa
E os seus carinhos
Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
Ô abre alas que eu quero passar
Peço licença pra poder desabafar
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
A jardineira abandonou o meu jardim
Só porque a rosa resolveu gostar de mim
Curso completo em vídeo que mostra o passo a passo para produzir Bolos de Pote deliciosos e profissionais mesmo que você tenha zero experiência na área.
de R$ 79,90 Por Apenas
4x de R$ 10,60 *
ou à vista por R$ 39,90
SIM, QUERO COMEÇAR AGORA!
Comentários
Postar um comentário